terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

What a glorious feeling


Eu acredito no poder da música de mostrar o futuro. Não estou falando de letras mediúnicas, mas na maneira em que, na medida em que surgem de surpresa, revelam o estado do espírito de uma pessoa que a cantarola – e a maneira que isso pode condicionar seus próximos passos. Não, não é a música que os determina, mas revela para onde está caminhando o inconsciente de alguém.

Posso dizer que tenho certa propriedade no assunto. Lembro que anos atrás cantei “DOA” do Foo Fighters no caminho entre o portão e a sala de aula na segunda fase de um vestibular – canção que se revelou bastante apropriada. Meus amigos sabem disso e, na calçada momentos antes da maior prova de nossas vidas, perguntaram se eu estava com alguma música na cabeça:

- Engraçado, vim cantarolando “Singin’ in the rain” até aqui.

- E isso quer dizer que você fará uma boa prova?

- Não sei. Só espero que eu não estupre ninguém até o final do dia.

Não choveu. Não estuprei ninguém. Preciso rever minhas crenças.